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Mulheres crescem na disputa por prefeituras fluminenses

Pelo menos quatro tentarão a reeleição

Por Exclusivo RJ em 02/03/2024 às 10:00:20

As eleições municipais deste ano mais uma vez terão um sem número de mulheres na disputa por prefeituras. Nas cidades do interior do Estado do Rio de Janeiro o quadro não é diferente do restante do país. Somente no Norte Fluminense são três meninas, Carla Caputi (sem partido) e Geane Vincler (PSD), candidatas a reeleição em São João da Barra e Cardoso Moreira, respectivamente, e a vereadora Yara Cintya (SD), escolhida para tentar suceder Francimara Barbosa Lemos (SD), em São Francisco do Itabapoana.

Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, a prefeita Magdala Furtado (PV) também tentará a reeleição. Já em Búzios, Daniela Martins é especulada para a disputa do Executivo Municipal, ela é esposa do prefeito cassado, no início deste ano, pela Justiça Eleitoral, por abuso do poder econômico, Alexandre Martins.

Em Saquarema, a prefeita Manoela Peres (PL), escolheu sua Secretária de Educação, Lucimar Pereira (PL), para sucedê-la. O problema é que a atual prefeita e principal cabo eleitoral de Lucimar, responde por improbidade administrativa. Além disso, a oposição trabalha para tentar seu impeachment.

Já em Araruama, a prefeita Lívia do Chiquinho está se despedindo da prefeitura, uma vez que exerce seu segundo mandato. Em Quissamã, a prefeita Fátima Pacheco também está de saída pelo mesmo motivo da colega, foi reeleita em 2020, assim como Francimara, em São Francisco do Itabapoana e Manoela, em Saquarema.

Mulheres chegando

Em São João da Barra, a prefeita Carla Caputi poderá ter como adversária a ex-governadora do Rio, Rosinha Garotinho. O problema dela é que está inelegível, mas diz que a situação vai ser resolvida. Rosinha é de Campos, e, caso não seja barrada pela Justiça, terá que transferir seu domicílio eleitoral para a cidade vizinha.

Caminho inverso faz a deputada estadual Carla Machado (PT). Ex-prefeita de São João da Barra, a parlamentar transferiu seu domicílio eleitoral para Campos e poderá disputar a prefeitura da cidade contra o filho de Rosinha, o prefeito Wladimir Garotinho (PP).

Em Cabo Frio, o ex-prefeito Marquinhos Mendes, por estar inelegível, optou pela mesma estratégia do ex-prefeito, de Búzios, lançar a esposa, Kamilla Mendes. Mas a possível candidatura dela ainda não foi definida.

História

Desde o início da República, em 1889, o país teve uma única presidente, Dilma Rousseff, e apenas 16 governadoras mulheres. Dessas, só oito foram eleitas para o cargo, as demais eram vice-governadoras que ocuparam o posto com a saída do titular.

As oito eleitas governaram seis estados — Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Rio Grande do Sul —, sendo três delas no Rio Grande do Norte. O estado nordestino, aliás, é pioneiro em participação feminina na política. Foi o primeiro, em 1927, a autorizar as mulheres a votarem e serem votadas. Também foi, em 1928, o primeiro do país a eleger uma prefeita: Alzira Soriano, na cidade de Lajes.

Apenas com o Código Eleitoral de 1932, há 90 anos, o voto feminino foi autorizado em todo o Brasil. As brasileiras então puderam ir às urnas e eleger seus representantes. Entre eles, elegeu-se uma mulher, Carlota Pereira de Queirós, em São Paulo, deputada pioneira do Parlamento.

Fonte: Redação

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ABRIL AZUL

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