ABRIL AZUL SJB

Andam dizendo por aí ...

Por Exclusivo RJ em 21/12/2022 às 07:08:40

Fotos: Divulgação


ANDAM DIZENDO POR AÍ...

Andam dizendo por aí que o "pau cantou na casa de Noca", mas na verdade foi no final da confraternização dos deputados estaduais do Rio. Um entrevero entre o deputado Rodrigo Amorim (PTB) e o deputado eleito Yuri Moura (Psol), dá o tom de como será a próxima legislatura, que começa no dia 2 de fevereiro, por sinal, dia de Nossa Senhora dos Navegantes, para os católicos, e de Iemanjá, para os espíritas.

Moura, que é vereador com mandato em Petrópolis, e apoia o prefeito Rubens Bomtempo (PSB), prometeu, em suas redes sociais, registrar boletim de ocorrência e pedir proteção policial à Secretaria de Segurança Pública, após a posse como deputado. Rodrigo Amorim, por sua vez, acusa o novato de querer se promover e o chama de mentiroso.

Fato é, que versões à parte, testemunhas garantem que houve mais do que um bate-boca acalorado e "ideológico" entre os parlamentares. Segundo uma dessas versões, Moura teria se exaltado, após se negar a cumprimentar Rodrigo Amorim, em razão da "postura do deputado" na comissão especial da Alerj, criada para acompanhar o uso de R$ 30 milhões destinados pelo Fundo Soberano da Alerj, à mitigação dos danos causados pela tragédia do início do ano, quando morreram mais de 230 pessoas na Cidade Imperial. Yuri Moura afirma que não se exaltou, entretanto foi provocado e não recuou.




SEQUÊNCIA

Na segunda-feira, 12, foi apresentado, no Colégio de Líderes da Alerj, o relatório referente ao uso dos recursos, ocasião em que o deputado Rodrigo Amorim voltou a criticar o governo de Petrópolis, inclusive citando as chuvas do dia 13. Em sua conta no Instagam, Amorim reproduziu o vídeo com seu pronunciamento e no texto publicado ao lado, sem citar nomes, disse que o prefeito de Petrópolis agora "tem um moleque de recados". Já o deputado eleito, e agora diplomado, Yuri Moura, afirmou que não aceitará intimidações.




CURIOSIDADE

Em razão das últimas chuvas, tanto Yuri Moura, quanto Rodrigo Amorim falaram das consequências. Moura se concentrou nas chuvas que caíram sobre o Norte e Noroeste Fluminense, especialmente Macaé, enquanto Rodrigo Amorim voltou a atacar o trabalho realizado em Petrópolis e demais cidades da Região Serrana.




CHUVA TORRENCIAL

Além da Região Serrana, as chuvas causaram estragos no Norte e Noroeste Fluminense. Rio das Ostras, Carapebus, Macaé e Campos dos Goytacazes foram as cidades que sentiram mais fortemente os temporais. Em Rio da Ostras, uma enchente até então não vista, deixou a Prefeitura ilhada e inundou diversos estabelecimentos comerciais nas imediações; em Macaé, que já havia sido atingida por um fortíssimo temporal na semana passada, voltou a sofrer com s chuvas. Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o estado em que ficou a rua Abílio Borges, no Morro São Jorge: o asfalto cedeu no meio, abrindo uma cratera em a extensão da via. Campos, por sua vez, viu a força das águas do rio Paraíba do Sul destruir parte do dique na rua 15 de Novembro, no Centro. Um veículo foi arrastado para a cratera. Não há informações sobre feridos.

SUBIU NO TELHADO

Candidatíssimo à presidência da Alerj, o deputado estadual e secretário de Governo, Rodrigo Bacellar (PL), está vendo sua candidatura subir no telhado. Tudo por conta das denúncias de uso político da Fundação Ceperj, ligada ao governo estadual, de contração de cabos eleitorais pagos com dinheiro público. As denúncia começaram no meio deste ano, em apuração do jornalista Ruben Berta, do portal UOL Notícias e vem sendo acompanhadas por outros veículos, como a Rede Globo.




FANTASMINHA CAMARADA

Segundo o portal UOL, cerca de 17 mil pessoas apareceram em uma lista de contratos até então secretos. Após o início das denúncias, o governo estadual enviou relações de contratados ao Tribunal de Contas do Estado. Também fazem parte desse emaranhado, outras instituições ligadas ao governo estadual, como a Faetec e a Uerj – Universidade Estadual do Estado do Rio de Janeiro, onde há ainda mais contratos suspeitos. Nepotismo (contratação de parentes, assessores e vereadores do Rio de Janeiro, de Campos e de outras cidades), rachadinha (esquema de divisão dos valores recebidos com as pessoas responsáveis pelas indicações), abuso de poder político e econômico e funcionários fantasmas (pessoas que recebem, mas não trabalham nos órgãos onde estariam lotadas), são algumas das ilegalidades denunciadas.

UM RIO DE DINHEIRO

De acordo com os cálculos, o governo estadual teria pago, só pela Fundação Ceperj, mais de R$ 200 milhões em salários a pessoas que nunca apareceram para trabalhar. Na Uerj os contratos sob suspeita somam mais de R$ 360 milhões. Destes, R$ 335,4 milhões, ou seja, aproximadamente 93%, foram pagos a pessoas sem qualquer vínculo com a Universidade, de acordo com nova reportagem, publicada nesta terça-feira. Em muitos dos casos, as pessoas que receberam verdadeiras fortunas (há núcleos familiares que somam mais de R$ 1 milhão recebidos no período de um ano), não tinham qualquer formação acadêmica. É o caso da manicure Marilândia de Souza Lima, de 64 anos e o seu marido, o militar reformado Joaquim Andrade dos Santos, de 85 anos. Juntos, os dois receberam 738 mil da Uerj, entre 2021 e 2022. Desde agosto do ano passado (2021) o militar precisa dos serviços especiais de uma cuidadora, após ter sido atropelado no estacionamento do condomínio onde o casal reside, na Zona Norte do Rio. Ele entrou com uma ação na Justiça pedindo gratuidade no processo, alegando recursos insuficientes para prover a disputa judicial. A Uerj afirma que os dois apresentaram qualificação técnica para o desempenho das funções. Segundo informações do UOL, a verba desviada seria destinada a projetos de pesquisa em áreas como Educação, Ciência e Tecnologia e Segurança Pública. Após a revelação das folhas secretas, a Uerj suspendeu os projetos a que elas estavam relacionados.



POR UM FIO

Por causa da série de denúncias, na semana passada o MP Eleitoral pediu a inelegibilidade (cassação dos direitos políticos) do governador Cláudio Castro (PL) e de pelos menos mais 11 políticos, dentre eles, seis deputados reeleitos. Também foi pedida a cassação da diplomação do governador e do vice-governador eleito, Tiago Pampolha, por abuso de poder econômico, em razão de uma divergência na ordem de R$ 3 milhões, nas contas eleitorais. Existe suspeita de contratação empresas fantasmas para prestação de serviços durante a campanha eleitoral.

EM BAIXA

Por conta das denúncias do UOL, caiu a cotação do governador Cláudio Castro na "bolsa de apostas". Há quem garanta que ele não emplaca o segundo ano do segundo mandato. Por isso o pau está quebrando para a eleição do próximo presidente da Alerj, de quem dependerá, e em muito, um possível processo de afastamento em definitivo – cassação, do chefe do Executivo estadual.



PULE DE DEZ

É cotadíssimo para assumir a coordenação de Comunicação Social da Direção Geral da Polícia Federal, em Brasília, o jornalista macaense Antônio Felipe Gonçalves, integrante do Gabinete de Transição do presidente Lula. Antônio Felipe (à direita na foto) está atuando junto à equipe responsável pelo diagnóstico da Segurança Pública, convidado pelo delegado federal Andrei Rodrigues (à esquerda), confirmado esta semana pelo futuro da Ministro Justiça, Flávio Dino, como o próximo diretor geral da Polícia Federal.

POR MÉRITO

Atual assessor de Imprensa da Força Aérea Brasileira, Antônio Felipe possui MBA em Gestão Pública e especialização em Direito Legislativo e assessoria parlamentar. Foi ele o coordenador da comunicação da segurança durante a Copa do Mundo de 2014, e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Sua indicação teve o aval do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Jornalista por formação, o macaense já foi Conselheiro Tutelar, em Macaé, presidente do Conselho da Criança e do Adolescente e secretário da Infância Juventude, além de membro do Conselho Nacional de Juventude, no governo Dilma Roussef. Com sua experiência na área, tem colaborado com grupos de trabalho voltados à temática da inteligência, juventude e direitos humanos.

EQUIPE CONFIRMADA

Pelas redes sociais, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou parte do seu primeiro escalão: Ricardo Capelli será o secretário-executivo do Ministério e Diego Galdino, o executivo adjunto; Andrei Rodrigues foi confirmado como diretor-geral da Polícia Federal; Estela Aranha será a coordenadora para Direitos Digitais e Marivaldo Pereira, o secretário nacional de Acesso à Justiça; Tamires Sampaio, a coordenadora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci); Wadih Damous, o secretário nacional do Consumidor e Sheila de Carvalho a assessora especial do Ministério e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

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