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Maio Furta-cor: Romper com o machismo estrutural favorece a saúde mental materna

Psicóloga destaca papel da mãe na promoção da igualdade de gênero

Por Exclusivo RJ em 09/05/2023 às 19:42:24

Neste mês dedicado às mães, a campanha "Maio Furta-cor" ganha destaque com o objetivo de dar atenção ao sofrimento das mulheres com a demanda exarcebada da maternidade. Para a psicóloga Luana Menezes, especialista em psiquiatria e psicanálise com crianças e adolescentes pela UFRJ, romper com o machismo estrutural já desde a infância pode trazer benefícios no dia a dia da maternidade, deixando esse período mais leve, e a mãe possui papel fundamental nesse quesito.

"Todos são atravessados pelo machismo que está na essência da sociedade. Nós como mulheres e mães precisamos nos questionar sobre como vemos homens e mulheres, buscando uma criação mais justa no que tange a igualdade de direitos entre ambos, passando uma educação mais igualitária no que diz respeito à independência, autonomia, liberdade de expressão, participação nas tarefas domésticas; incentivo a estudo e trabalho", ressalta Luana.

Em seu livro infantil "Eu Só Quero Brincar", a mãe exerce um papel fundamental como elo entre o filho e o pai. Ao longo do enredo, a mãe é quem promove uma reflexão na família sobre o machismo estrutural e auxilia na mudança de comportamento do pai em relação ao filho, fazendo ele compreender que está reproduzindo uma educação de seus antepassados, prejudicando a saúde mental dele e também de seu filho.

Luana também é coautora do livro "Disciplina e Afeto - Como criar filhos emocionalmente fortes e preparados para o mundo". Em seu capítulo: "A importância do estímulo à expressão dos afetos para a saúde mental" ela aborda a necessidade dos pais estimularem as crianças a expressarem seus afetos para que desenvolvam a sua identidade de forma plena.

"Mães também precisam desconstruir esteriótipos criados sobre o que é de menina e o que é de menino, incentivando igualmente a participação dos meninos nas tarefas do lar e do cuidado com o outro; estimulando a menina a ter o seu carro e ser uma profissional, futuramente, dando valor ao estudo; ensinando a ambos que eles devem ter responsabilidade emocional com quem esteja se envolvendo amorosamente; ensinando que ambos possuem sentimentos e podem chorar, entre outros diversos exemplos encontrados no cotidiano", explica a psicóloga e escritora.

Para ela ensinar sobre igualdade de gênero desde a infância representa uma evolução social e, principalmente, melhorias no cotidiano das mulheres e das mães, tirando delas o peso de serem responsáveis pelas principais tarefas nos lares e com os filhos. Segundo Luana, o acúmulo de cobranças e a culpa são os fatores mais comuns de adoecimento, que interferem na saúde mental.

"É importante dar luz a está temática no mês das mães para que todas, além de dividirem espaço com homens no mercado de trabalho, tenham esse espaço dividido igualmente com os cuidados da casa e dos filhos no lar, bem como serem respeitadas e valorizadas pelos homens, proporcionando, assim, maior qualidade de vida, melhor saúde mental e melhor relação entre o casal", conclui Luana Menezes.

Luana Menezes

Graduada pela IBMR, é membro da Sociedade Latino Americana de Coaching. Especialista em psiquiatria e psicanálise com crianças e adolescentes pela UFRJ, especialista em Arteterapia em Educação e Saúde pela Cândido Mendes e Orientação profissional e Coaching de Carreiras pelo grupo Orientando, autora do livro infantil "Eu Só Quero Brincar" e coautora do livro "Disciplina e Afeto - Como criar filhos emocionalmente fortes e preparados para o mundo".


Fonte: Ascom

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