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Campos cai 10 posições no Ranking do Saneamento, da 35ª para 45ª

Serviço de água e esgoto no município é de responsabilidade da Águas do Paraíba

Por Exclusivo RJ em 20/03/2024 às 15:20:07

O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, publicou neste mês a 16ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil. De acordo com o levantamento, Campos caiu 10 posições se comparado ao Ranking de 2023, saiu da 35ª posição para a 45ª. A empresa responsável pelo serviço de água e esgoto na cidade é a Águas do Paraíba, que cobra uma das tarifas mais caras do país. Niterói é o município fluminense melhor colocado, ficou em sexto lugar.

A Câmara Municipal de Campos reprovou por unanimidade a prestação de contas da concessionária Águas do Paraíba, referente aos anos 2017, 2018 e 2019. A Casa já chegou a protocolar, no gabinete do prefeito, ofício recomendando a extinção do contrato da empresa, que explora os serviços no município há mais de 30 anos.

Para produzir o ranqueamento, foram levados em consideração indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base de 2022, publicado pelo Ministério das Cidades. Segundo o ITB, os dados do SNIS apontam que o país ainda tem grandes dificuldades com a coleta e com o tratamento de esgoto.

Comparando os dados do SNIS, anos-base 2021 e 2022, a coleta de esgoto subiu de 55,8% para 56% – aumento de 0,2 p.p. – e o tratamento foi de 51,2% para 52,2%, aumento de 1 p.p.. De acordo com os dados mais recentes, mais de 5,2 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.

O Ranking do Saneamento 2024

O Ranking é composto pela análise de três "dimensões" distintas do saneamento básico de cada município: "Nível de Atendimento", "Melhoria do Atendimento" e "Nível de Eficiência"1 . Nesta edição, Maringá (PR) foi a primeira colocada, seguida de São José do Rio Preto (SP) e Campinas (SP). Pela primeira vez na história do Ranking, três municípios alcançaram a pontuação máxima disponível e, consequentemente, a universalização do saneamento. São consideradas universalizadas as localidades que contam com 99% de sua população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto. O número foi estipulado pela Lei 14.026/2020, o "Novo Marco Legal do Saneamento Básico".

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país.

A falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica. Leia o estudo completo.

Fonte: Redação

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