Prefeitos se reúnem em Brasília por mudança no clima da região para semiárido

Prefeitos de cidades do Norte e Noroeste Fluminense, como Wladimir Garotinho, de Campos; Geane Vincler, Cardoso Moreira; Fátima Pacheco, Quissamã; Léo Pelinca, Italva; e Amarildo Alcântara, São Fidélis, participaram, nesta quarta-feira (13), de uma reunião em Brasília com os senadores Romário Farias (PL-RJ) e Humberto Costa. Na pauta, o Projeto de Lei que defende a mudança na classificação do clima das duas regiões, que passaria a ser considerada semiárido.

"Terminou agora uma importante reunião em benefício do nosso interior! O projeto de lei que caracteriza o Norte e Noroeste como semiárido trará a uma revolução no campo e no agronegócio, abrindo linhas de crédito e oportunizando o beneficio da garantia safra aos produtores" disse o prefeito de Campos. Romário é o relator do PL no Senado, e Costa, líder do Governo na Casa.

De acordo com Wladimir, a intenção em mudar a classificação climática tem um um viés econômico, pois atrairá novos investimentos gerando desenvolvimento do Norte e Noroeste do estado.

Apresentado em 13 de março de 2019, quando Wladimir era deputado federal, a PL 1440/19 propõe a criação do "Fundo de Desenvolvimento Econômico da Mesorregião Geográfica do Norte e Noroeste Fluminense". A proposta se destaca por sua abordagem direcionada para estimular a atividade econômica em uma área geográfica específica, buscando fortalecer setores-chave e promover a prosperidade regional.

Estudos apontam que o clima de Campos dos Goytacazes, por exemplo, é o que se pode chamar de clima savânico, ou seja, quente todos os meses, com uma estação chuvosa e seca. A temperatura média anual é de 28 graus e num ano caem, em média, 492 mm de chuva.

A característica para um clima semiárido acaba trazendo períodos mais longos de seca, além de abordar altas temperaturas. Na média, uma região com estas características pode bater cerca de 27 graus considerando os 12 meses do ano. Desta forma, Campos poderia ser enquadrado.

O cerne do projeto consiste em direcionar recursos financeiros para iniciativas que contribuam para o desenvolvimento econômico da região justamente por ser considerado semiárido. Isso inclui a implementação de ações que fomentem o empreendedorismo, incentivem a geração de empregos, impulsionem a inovação e melhorem a infraestrutura local.