Para a operacionalização do serviço, a Central de Regulação do SAMU está funcionando provisoriamente na rua Baltazar Carneiro, nº 200, no parque Conselheiro Thomaz Coelho. Das nove ambulâncias, quatro são de suporte avançado e as demais de suporte básico. O SAMU pode ser acionado pela população através do 192 e vai atender as urgências brancas. Já as urgências vermelhas, que são traumas e acidentes em ruas e avenidas, o socorro permanece a cargo do Corpo de Bombeiros Militar.
O secretário Paulo Hirano explicou que é preciso que fique claro que não se trata de uma prerrogativa só de Campos, mas sim uma pactuação a nível regional. Daí a necessidade de que todos os municípios concordassem com os termos técnicos e administrativos para que pudesse avançar na implantação do SAMU.
"Hoje é um dia importante para a nossa cidade porque conseguimos avançar, implementar a distribuição das ambulâncias e começar a fazer o transporte da rede de urgência e emergência. A gente está regionalizando as áreas onde teremos as ambulâncias distantes para que a gente possa ficar mais perto da população no sentido desse transporte, de forma que ele seja mais célere, mais rápido e mais eficiente. Agora nossa rede de urgência e emergência se consolida de uma vez por todas com a implementação do SAMU", destacou Hirano.
ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO DO SAMU
Segundo Arthur Borges, que além de presidente da FMS também integra o Grupo Técnico de Trabalho da Rede de Urgência e Emergência do Estado do Rio de Janeiro, para chegar a esse momento, hoje, foram realizadas diversas reuniões com os 8 municípios participantes. Destacou ainda que o SAMU será dividido em três partes, sendo que a Central de Regulação, localizada em Campos, atenderá aos oitos municípios. Além disso, terão as bases avançadas, que são as unidades móveis com médicos: uma em Macaé, que atenderá Quissamã, Carapebus e Conceição de Macabú; e outra em Campos, que vai atender São Fidélis, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana.
"O grande objetivo do SAMU não é a ambulância, pois ambulância todo município já tinha. O grande objetivo, na verdade, é a regulação. O que a gente precisa é o acesso rápido à informação como, por exemplo, um paciente que tem um infarto num local distante, a gente consiga direcionar bem rápido e ele chegue no aparelho correto, numa ambulância básica ou avançada dependendo da necessidade dele, no tempo mais rápido possível. Esse é o grande objetivo do SAMU: diminuir o tempo de resposta para que consigamos receber o paciente, encaminhá-lo no aparato correto para o local correto, no tempo mais curto tempo possível", explicou.
A enfermeira e coordenadora da Central Regional do SAMU, Natália Cunha, que participa da elaboração do projeto de 2015, também falou sobre o processo que segue em andamento.
"Bem árduo, muito trabalho, um trabalho com muito detalhamento, porque não se trata só de Campos, então a gente nunca no SAMU pode falar de algo individual, é sempre regional. São muitos trabalhos em grupo, muitas discussões em grupo, para atender toda a necessidade da região. Como Campos tem dois grandes hospitais, que é o Ferreira Machado e o HGG, que atendem a região Norte, então é tudo feito com muita cautela, para que a gente não deixe nenhum paciente e nem ninguém da população sem assistência ", disse.
Também estiveram presentes o subsecretário de Operações e Infraestrutura da Saúde, Genil Alves, a diretora da Vigilância Sanitária, Vera Cardoso de Melo, e o superintendente de Faturamento e Finanças da FMS, Filipe Mocaiber.
O gerenciamento do SAMU está a cargo do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (CIDENNF).