Segundo o superintendente de Leitura e Conhecimento da Secretaria Estadual de Cultura, Yke Leon, a Biblioteca Parque é mais do que um lugar para encontrar e ler livros.
Localizada atualmente na Avenida Presidente Vargas, a principal da região central, ao lado do Campo de Santana, a biblioteca foi concebida em 15 de março de 1873, como uma proposta assinada pelo então presidente da Câmara Municipal do Rio, Antonio Barroso Pedrosa.
Com o nome de Biblioteca Municipal do Rio de Janeiro, o espaço, no anexo do Arquivo da Câmara, só começaria a funcionar, em dezembro do ano seguinte, um ano e nove meses depois de sua criação. Depois disso, ainda passaria a funcionar na escola Orsina da Fonseca e em instalações próprias na mesma rua, no bairro da Tijuca, na zona norte.
Em 1943, finalmente mudou-se para seu atual endereço. Um incêndio destruiu parte do prédio e do acervo em 1984, o que fez com que um novo edifício precisasse ser erguido.
O prédio atual foi inaugurado em 1987 e fechado novamente em 2008 para passar por reformas, quando ficou fechado por seis anos, até que fosse reinaugurado em março de 2014.
Nesses 150 anos, mudou de nome várias vezes: Biblioteca Municipal do Distrito Federal, Biblioteca Estadual da Guanabara, Biblioteca Pública Estadual e Biblioteca Estadual Celso Kelly. Em 2014, por fim, ganhou o nome atual, de Biblioteca Parque do Rio de Janeiro.
Em comemoração ao sesquicentenário, a Biblioteca Parque promove uma série de eventos. Na tarde de hoje, por exemplo, haverá uma roda de conversas sobre a importância das políticas voltadas para bibliotecas públicas e comunitárias.
O espaço terá ainda eventos com Ruy Castro (no dia 20), Flávia Oliveira (no dia Oliveira e 21) e o músico Frejat (no dia 22).
“A Biblioteca Parque é a casa da cultura porque ela respira cultura e transmite cultura para quem dela consome e ela frequenta”, afirmou Leon.
Também foi lançado hoje o edital Literatura Resiste, uma chamada pública que tem por objetivo financiar até 110 propostas de fomento à cadeia literária no estado. Serão investidos R$ 5,5 milhões para viabilizar a continuidade de projetos literários que já existem (contação de histórias, oficinas, concursos literários, saraus, publicação de livros em coleções literárias existentes entre outros), a criação de novas feiras literárias e a manutenção de bibliotecas comunitárias.
As inscrições para os interessados em concorrer com projetos começam na próxima segunda-feira (20). Informações podem ser obtidas no site da Secretaria Estadual de Cultura.
Fonte: https://memoria.ebc.com.br/rss