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Jardim Botânico do Rio expõe imagens da missão belga de 1922 ao Brasil

Por Exclusivo RJ em 26/06/2022 às 13:06:29

Os biólogos belgas em trabalho de campo, 1922 - Divulgação/Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Em meados de 1922, partiu de Anvers, na Bélgica, rumo ao Brasil, um grupo de jovens biólogos, especialistas em botânica e zoologia, alguns deles ligados à Universidade de Bruxelas e, outros, ao Jardim Botânico Léo Errera, da mesma universidade. O grupo era integrado por Jean Massart, professor e diretor do Instituto Botânico Léo Errera da Universidade de Bruxelas e coordenador da viagem; Raymond Bouillenne, botânico da Universidade de Liége; os botânicos Paul Ledoux e Albert Navez e o zoólogo Paul Brien, da Universidade de Bruxelas.

Idealizada pelo médico e biólogo Jean Massart, reconhecido como um pioneiro na conservação da natureza na Bélgica, a expedição se estendeu por diferentes locais do Brasil e teve como objetivos o estudo da fauna e da flora e o recolhimento de objetos para demonstração nos cursos universitários. As viagens da missão belga aconteceram em várias etapas: Rio de Janeiro; São Paulo; Minas Gerais e Bahia; Pernambuco, Ceará, Pará e Amazonas.

Em conferência na Sociedade Real das Ciências Médicas e Naturais de Bruxelas, Massart resumiu a descrição de sua viagem ao Brasil, ressaltando a acolhida recebida das autoridades governamentais e dos cientistas de diferentes locais e instituições.

“Nós desembarcamos no Rio, em 16 de agosto de 1922, depois de três escalas de alguns dias em Recife e na Bahia (...) e, seguidamente, recebemos as boas vindas das autoridades administrativas locais”.

Na cidade do Rio de Janeiro, Jean Massart e os outros integrantes da missão se fixaram no Jardim Botânico durante cinco semanas: “Um grande laboratório (...) foi colocado à nossa disposição, o que nos permitiu aproveitar as maravilhosas coleções do Jardim”.

Viagens

O vagão-leito que serviu de hotel entre Bahia, Aramiru, Itumirim e Juazeiro | Foto de R. Bouillenne, 1922 - Divulgação/Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Planejadas e dirigidas pelos cientistas do Jardim Botânico – Antonio Pacheco Leão (diretor da instituição) e João Geraldo Kuhlmann, entre outros, as viagens da missão belga foram realizadas, inicialmente, com duração de um dia a Jacarepaguá, à Barra da Tijuca e a Piratininga; às ilhas da Baía da Guanabara e à floresta da Tijuca. Os naturalistas foram também a Xerém, com Adolpho Lutz, do Instituto de Manguinhos; e a Deodoro, com Arséne Puttemans, botânico belga ligado ao Ministério da Agricultura do Brasil. Todas essas viagens foram registradas pelos biólogos belgas, destacou a curadora Alda Heizer.

A direção de design da exposição é de Mary Paz Guillen. Trechos do relatório belga foram utilizados, em conjunto com os textos que foram produzidos por especialistas do JBRJ: História (Alda Heizer), Etnobotânica (Viviane Stern da Fonseca-Kruel); Itatiaia (Claudia Barros), Amazônia (Rafaela Campostrini Forzza) e fotografia científica (Raul Ribeiro).

Durante o mês de agosto, o JBRJ promoverá rodas de conversa com especialistas sobre fotografia e expedições científicas, além de oficinas com a equipe de Educação Ambiental.

Fonte: https://memoria.ebc.com.br/rss

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